Período: Dezembro/2024 | ||||||
---|---|---|---|---|---|---|
D | S | T | Q | Q | S | S |
01 | 02 | 03 | 04 | 05 | 06 | 07 | 08 | 09 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 | 25 | 26 | 27 | 28 | 29 | 30 | 31 |
Cássia Almeida e Camila Nobrega
Os números da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de dezembro, divulgados ontem pelo IBGE, mostraram que a crise financeira global ainda não chegou com força ao mercado de trabalho das grandes cidades. A taxa de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do Brasil recuou de 7,6% em novembro para 6,8% em dezembro, abaixo do que o mercado esperava (superior a 7%). É a menor parcela de desempregados na força de trabalho desde 2002, início da pesquisa do IBGE.
Os sinais da crise na pesquisa, que acompanha mensalmente 25% da população ocupada brasileira, apareceram nas entrelinhas. Ficou visível apenas na diferença entre as taxas de 2007 e 2008, que começaram a diminuir a partir de setembro. Antes de a crise se acirrar, ainda em agosto, havia expectativa de que a taxa em dezembro ficasse abaixo de 6%. Mas tudo mudou.
Como reflexo do pré-crise, o mercado de trabalho ficou melhor em 2008, com mais renda e emprego com carteira assinada. A taxa média de desocupação ficou em 7,9%, bem inferior aos 9,3% de 2007. O rendimento médio real (descontada a inflação) subiu 3,4%, alcançando R$1.260,24, mas não o suficiente para alcançar o valor de 2002 (R$1.284,50).
- Não se vê ainda na PME sinais da crise. Há demissão de temporários na indústria, mas o comércio contratou e compensou as perdas - afirmou Cimar Azeredo, gerente da pesquisa.
A expectativa de Azeredo, diante do comportamento da pesquisa nos últimos anos, é que o reflexo da crise apareça mais fortemente em janeiro, quando há a demissão dos temporários do comércio, e as pessoas voltam a procurar trabalho. No último mês de 2008, 199 mil pessoas deixaram de procurar uma ocupação:
- Em dezembro, a taxa cai porque a procura por trabalho, que caracteriza o desempregado, diminui muito.
Especialistas acham que este ano será diferente. Para Lauro Ramos, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), começaremos a ver a taxa de desemprego ficar maior que no ano anterior. Fenômeno que ficou para trás durante todo o ano de 2008:
- A diferença de dois pontos percentuais na taxa de desemprego média de 2008 frente ao ano anterior baixou para 0,6 ponto em dezembro. É o primeiro sinal da desaceleração da economia no mercado de trabalho. Mas ainda não chegou de forma flagrante a ponto de contaminar os principais indicadores do mercado.
Este mês a história deve ser outra. Ele acredita que os primeiros meses de 2009 vão apresentar números mais próximos dos de 2007 (9% de desempregados dentro da força de trabalho) do que de 2008 (8%).
LCA espera desemprego médio de 8,5% em 2009
João Saboia, diretor do Instituto de Economia da UFRJ, é mais otimista. Acredita que o primeiro trimestre deste ano apresente números semelhantes aos do início de 2008:
- A grande dúvida é quando o desemprego vai parar de crescer. Historicamente, a taxa aumenta no primeiro semestre. A única certeza é a de que o mercado ficará pior este ano. O reajuste de 11% no salário mínimo, porém, ajudará a manter a demanda.
Para Fábio Romão, da LCA Consultoria, o desemprego deve ficar em 8,5% na média deste ano e, depois de fevereiro, superar os números de 2008.
- A subida do mínimo e a queda da inflação vão fazer os setores de comércio e serviços sofrerem menos com a crise.
É o que espera o cozinheiro Marcelo Nogueira, que foi dispensado por uma rede de supermercados este mês:
- Mandaram um monte de gente embora junto comigo.
A operadora de telemarketing Kenia Oliveira também foi demitida numa dispensa coletiva este mês. Ela estava há oito meses no emprego:
- Houve corte de pessoal e acabei indo também.
Período: Dezembro/2024 | ||||||
---|---|---|---|---|---|---|
D | S | T | Q | Q | S | S |
01 | 02 | 03 | 04 | 05 | 06 | 07 | 08 | 09 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 | 25 | 26 | 27 | 28 | 29 | 30 | 31 |
Compra | Venda | |
---|---|---|
Dólar Americano/Real Brasileiro | 6.1964 | 6.1974 |
Euro/Real Brasileiro | 6.4558 | 6.4725 |
Atualizado em: 27/12/2024 20:59 |