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Na BM&F, os contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI) encerraram os negócios em queda pelo quarto pregão consecutivo. A movimentação teve como pano de fundo a redução dos temores de redução dos estímulos monetários nos Estados Unidos, após discursos de dirigentes regionais do Fed (banco central americano). Sem a pressão externa, os juros futuros puderam recuar mais uma vez, dando sequência ao movimento de redução dos prêmios. Entre os contratos mais longos, o DI para janeiro de 2017 fechou a 10,77% (ante 10,88% anteontem).
O comportamento dos contratos com vencimento mais próximo foi influenciado pelo Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central. O DI de janeiro de 2014 fechou a 8,87% (ante 8,93% anteontem). Apesar de elevar a projeção para o IPCA este ano de 5,87% para 6%, o BC não deu sinais de que pode acelerar o ritmo de aperto monetário. Segundo operadores de renda fixa, os DIs mais curtos embutem a probabilidade de quase 60% de alta de 0,75 ponto da Selic. No fim da semana passada, os DIs embutiam quase 100% de chance de uma elevação de 0,75 ponto.
O pregão foi marcado também por um movimento atípico com o contrato DI que vence em agosto deste ano. Foram negociados 373,1 mil contratos do derivativo, muito acima da média diária da semana (45 mil). A movimentação de ontem representou 81% da posição em aberto no dia 27 (última disponível), de 450 mil contratos. O giro salta aos olhos porque o DI de agosto de 2013 reflete as apostas para os juros daqui até o fim de julho. Como o Copom anuncia a meta da taxa Selic no dia 10 de julho, o contrato abrange apostas para menos de 10 dias úteis, o que não justificaria um volume tão grande. Segundo operadores, o movimento, que se concentrou pela manhã, refletiu provavelmente o desmonte de posições prefixadas por um grande investidor.
Já o dólar comercial ganhou força em relação ao real no final do pregão, encerrando em alta de 0,32% a R$ 2,196, depois de quatro pregões seguidos de queda.
A volatilidade verificada no mercado ontem se deve ao ajuste de posições dos investidores, na véspera da formação da taxa Ptax do último mês de junho, que será utilizada para a liquidação e rolagem dos contratos e também definirá a taxa de câmbio que as empresas deverão utilizar em seus balanços para o ajuste de passivos e ativos no primeiro semestre.
Puxando a alta da moeda americana, estiveram os investidores institucionais e estrangeiros, que mantinham, em 26 de junho, posições líquidas compradas em dólar (aposta na alta da moeda) de US$ 22,42 bilhões e US$ 4,14 bilhões. Os estrangeiros mantinham posições vendidas no mercado futuro de dólar desde 5 de setembro de 2012; zeraram essas posições na última terça-feira e passaram a apostar na valorização do dólar.
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Atualizado em: 01/10/2024 06:40 |