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A persistência de um ambiente hostil aos negócios e a piora das expectativas em relação à economia doméstica derrubaram a posição do Brasil no ranking de competitividade global. A edição 2013-2014 do Relatório Global editado pelo Fórum Econômico Mundial, divulgado ontem, apontou um tombo de oito posições, da 48ª para a 56ª colocação, numa lista de 148 mercados analisados. Com isso, o país voltou ao mesmo lugar que ocupava em 2009.
"A diferença de um período para outro é que não houve melhora significativa nos marcos regulatórios e o empresariado local ficou menos otimista, enquanto outros países emergentes ganharam pontos", avaliou Carlos Arruda, professor da Fundação Dom Cabral e responsável pela coleta e análise dos dados estatísticos relacionados ao Brasil. A apuração local dos dados conta com a parceria do Movimento Brasil Competitivo (MBC).
O último boletim mostrou que a burocracia e a carga tributária figuram como as maiores barreiras para o progresso do setor produtivo. Segundo Arruda, as condições gerais da infraestrutura básica sinalizaram uma leve melhora, ainda insuficiente para tirar o item da lista dos aspectos críticos. "Uma prova disso é que a euforia com a safra recorde no primeiro semestre foi anulada pelas elevadas perdas no escoamento dos volumes colhidos", observou.
Pelo quinto ano seguido, a Suíça encabeça a lista das economias mais competitivas, seguida por Cingapura, Finlândia, Alemanha e Estados Unidos. Dos cinco países do Brics, a China (29ª) continua liderando o grupo, seguida por África do Sul (53ª), Brasil (56ª), Índia (60ª) e Rússia (64ª). No grupo das grandes economias emergentes, só a Rússia melhorou posição, subindo três degraus.
Conforme o ranking de competitividade, o Brasil recuou em 11 dos 12 itens avaliados. A única exceção foi o "tamanho do mercado", reconhecendo as conquistas no poder de compra das famílias. Entre as principais pioras está o quesito eficiência do mercado de trabalho, com excessos na regulação.
» Petrobras lucrará mais de R$ 20 bi
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou ontem que a Petrobras fechará este ano com lucro de mais de R$ 20 bilhões. Segundo ele, esse resultado reafirma a capacidade de investimentos da estatal, que, no entender dos especialistas, estaria sendo prejudicada pela defasagem nos preços dos combustíveis. "Esse argumento de que a Petrobras tem seus investimentos comprometidos é antigo, e ela nunca deixou de fazê-los. Neste ano, a empresa cumprirá rigorosamente o seu cronograma de investimentos", disse. Em 2012, a petroleira registrou lucro líquido de R$ 21,2 bilhões, 36% menor que o computado no ano anterior. Lobão destacou ainda que "não se cogita, neste momento", reajustes nos preços da gasolina e do diesel até dezembro.
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