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Passar um terço do dia (ou oito horas diárias) na internet, trabalhando, estudando, atualizando redes sociais ou, principalmente, pesquisando produtos, é uma prática comum do consumidor brasileiro –a média global é de cinco horas, aponta o estudo “Connected Life”, da Kantar TNS.
Mas, se a informação poderia se tornar uma espécie de oásis de oportunidades para os anunciantes, o varejo precisa ficar atento: apesar de ser o mais conectado, há uma divisão bastante clara na confiança que os brasileiros têm nas marcas dentro do ambiente digital.
De acordo com o estudo, 52% deles acreditam que o conteúdo que eles veem nas redes sociais não é confiável. Outros 45% se preocupam com o controle das redes sociais sobre os seus feeds, e 54% ficam apreensivos com o nível de dados pessoais que as marcas têm sobre eles.
Pela avaliação dos especialistas da Kantar TNS, se por um lado os avanços da tecnologia procuram simplificar a vida desse consumidor, as pessoas se sentem cada vez mais distraídas e invadidas por eles.
Com isso, elas optam mais por privacidade do que por conveniência, diz Isabelle Rio-Lopes, vice-presidente de serviços para o cliente da consultoria de pesquisa.
“O desafio está em quebrar sua desconfiança e fazê-lo se aproximar das marcas sem que se sinta invadido”, afirma.
Outro recorte mostra que o consumidor não quer ser “apenas mais um”: 53% dos entrevistados afirmaram que, na maioria das vezes, sabem que estão falando com robôs enquanto conversam com as marcas que operam online.
“O consumidor procura um atendimento personalizado: ele quer que as marcas entendam seus reais problemas e necessidades”, diz Maura Coracini, diretora executiva de mídia & digital da Kantar TNS.
Mas essa percepção está mudando aos poucos: a confiança no “social commerce”, ou seja, as compras realizadas por meio de redes sociais ou via dispositivos móveis. De acordo com o levantamento, 46% dos entrevistados preferem pagar tudo pelo celular, contra uma média global de 39%.
“Novas tecnologias, como os botões ‘comprar’ e os pagamentos móveis têm tornado o comércio eletrônico mais fácil entre os brasileiros”, conclui o estudo.
A seguir, confira alguns pontos do estudo em destaque:
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Atualizado em: 04/10/2024 17:59 |