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Atualmente, para o desempenho de muitas funções, parece bastante natural esperar que os profissionais tenham afinidade com o digital. Mas essa é uma expectativa muito abstrata, se colocada dessa forma, não acha?
O mercado demanda diferentes níveis de competências digitais. Tanto para os trabalhadores quanto para o RH, é importante saber que competências são essas, como podem ser desenvolvidas e qual sua verdadeira importância.
A proposta deste post é ajudar você a sair do abstrato e compreender, de forma mais clara, o que interessa quando o assunto são as habilidades digitais no universo profissional. Acompanhe!
As competências digitais são o conjunto de habilidades que uma pessoa tem para lidar com dispositivos, sistemas e outras soluções virtuais. Isso inclui não apenas o saber dar algum comando, como o saber se portar neste meio.
Para entender ainda melhor, considere que competência é algo que considera não só habilidades técnicas, como habilidades comportamentais ― as chamadas soft skills.
Esse raciocínio já indica que falamos de algo pode ser algo com que uma empresa tenha que se preocupar desde o processo de recrutamento e seleção.
Apesar disso, ressaltamos que treinamentos podem ser aplicados para que tais competências sejam desenvolvidas.
Outro ponto importante é que o nível de competência digital varia de um profissional para o outro e de uma função para outra.
Nem todos os cargos de uma empresa precisam de pessoas com níveis avançados de compreensão dos processos digitais, por exemplo.
Do ponto de vista dos profissionais, há uma colocação simples que ajuda a entender para quê as competências digitais servem: sem elas, fica cada vez mais difícil encontrar boas oportunidades de trabalho.
A sequência desse raciocínio nos leva a entender que o desafio se mantém quando o objetivo for crescer na carreira. Sem as habilidades digitais, isso pode ser bem menos provável.
Quanto a isso, vale lembrar que não falamos apenas de um entendimento técnico do uso básico da tecnologia.
O ambiente digital tem sua própria cultura e forma de comunicação; e saber disso também é importante para os profissionais.
Do ponto de vista do RH e das organizações, podemos dizer que as competências digitais servem para que seja possível competir em bom nível no mercado.
A seguir, abordamos melhor a importância dessas habilidades e seus processos digitais. Confira:
O tempo é um dos ativos mais valiosos que dispomos. No meio profissional, dispor de tempo hábil pode fazer a diferença para cumprir ou superar metas, sem perder a qualidade e preservando a saúde mental.
Parece difícil? Com o uso das soluções certas e com competências digitais adequadas às necessidades de cada função, os trabalhadores passam a ter os recursos que precisam para conquistar esse objetivo.
Novas rotinas digitais se estabelecem, otimizando processos diversos para que a entrega dos projetos ou produtos seja feita dentro dos prazos, respeitando fatores como orçamento, qualidade e outros que tenham sido definidos.
Falar de tempo também nos leva a falar de produtividade no trabalho. Empresas sempre desejam funcionários mais produtivos, mas precisam criar condições para isso.
Da contratação de profissionais com o perfil certo à realização de um treinamento digital, é possível definir e contar com as competências certas para melhorar a eficiência e os níveis de produtividade individuais e de equipe.
Vamos a um exemplo simples: se uma equipe tem diversos canais informais para se comunicar, ora se falando por e-mail e ora por WhatsApp, eventualmente alguém pode se perder.
A simples escolha de uma plataforma para centralizar essa comunicação, como o Trello ou o Slack ― acompanhada do desenvolvimento de competências para usá-la corretamente ― elimina esse risco e deixa a dinâmica da equipe mais fluida e ajustada.
Se o uso de ferramentas tecnologias favorece as dinâmicas de trabalho, tem tudo para abrir espaço para que as mentes da empresa tenham uma atuação mais criativa.
Por quê? Porque em vez de usarem todo o tempo na execução de tarefas, podem contar com a otimização que as tecnologias certas proporcionam para ampliarem o foco de sua atenção.
É claro que, para ser mais inovadora, uma empresa também precisa criar uma cultura que permita que seus funcionários apresentem ideias e contribuições sem represálias.
O uso de competências digitais contribui para mais flexibilidade e capacidade de elaboração de respostas frente a imprevistos ou a novos desafios.
As competências digitais também podem fazer parte do RH e do marketing da empresa. Juntas e em frentes paralelas, as áreas podem usar suas habilidades para melhorar a gestão da identidade digital da empresa.
A consequência esperada é que essa melhoria favoreça o posicionamento da marca da organização em seu mercado e na sociedade como um todo. Algo que, entre outros benefícios, contribui para a atração e retenção de talentos.
Por mais conectada que a sociedade global possa estar, competências digitais não são inatas e, em muitos casos, não fizeram parte do aprendizado de muitos profissionais.
Os que cresceram ou já nasceram em um mundo cada vez mais repleto de ferramentas tecnológicas tendem a ter mais facilidade, mas nem isso é regra.
Assim, fazendo um breve complemento à explicação quanto ao que são competências digitais, podemos dizer que são habilidades que podem ser adquiridas, inclusive com orientação dos empregadores.
Elaborar programas de treinamento e desenvolvimento é algo que faz parte do rol de atuações do RH. Isso é muito útil para que os funcionários aprendam novas competências digitais.
Para que o programa dê certo, é preciso avaliar o nível das habilidades de indivíduos e de equipes. Há quem tenha competências de nível básico, intermediário ou avançado.
Além do mais, é importante considerar a necessidade para cada função ou equipe. Tudo que precisam saber é aprender a usar um app de controle de ponto? Foco nisso!
Existem equipes que precisam de habilidades mais avançadas do que outras? Considere fazer essa separação para otimizar tanto o treinamento quanto para favorecer o engajamento e aprendizado.
Parte das ferramentas tecnológicas usadas no dia a dia são mais simples, assim como suas regras de conduta e as soft skills relacionadas.
Assim, é possível que o RH encontre recursos próprios para criar o programa de desenvolvimento.
Quando preciso, porém, faz total sentido buscar quem seja capaz de orientar e até de ministrar esse programa mais avançado.
A educação corporativa é a adoção de práticas de ensino e aprendizagem visando o desenvolvimento contínuo dos funcionários para que a empresa conte com profissionais cada vez mais bem preparados.
Em um primeiro momento, parece o mesmo que treinamentos, mas os conceitos se diferem. O treinamento foca no curto prazo, enquanto a educação corporativa foca no médio e longo prazo. Temos exemplos para elucidar essa questão.
Uma pessoa recém-contratada que nunca usou o Trello, por exemplo, pode precisar de um treinamento simples para conhecer a ferramenta e saber lidar com ela no dia a dia.
É algo pontual e, a depender de seu futuro profissional, pode ser ou não que esse conhecimento siga sendo útil.
Já se falamos de cibersegurança, ações de educação favorecem o desenvolvimento de competências digitais importantes para o uso de ferramentas, sistemas e da internet como um todo.
Esse é um conhecimento que evolui e que, para tanto, demanda ações de aprendizagem recorrentes. Além disso, resulta no ganho de habilidades que seguirão úteis independentemente de qualquer mudança de função que o funcionário vivencie.
Há muito, empresas valorizam profissionais proativos. Por mais que o aprendizado de novas competências digitais possa contar com ações da organização, é interessante que os trabalhadores busquem evoluir por conta própria também.
Isso não significa dar autonomia para que usem equipamentos e ferramentas digitais como bem entenderem. Aliás, isso poderia ser um risco para a cibersegurança.
Porém, é benéfico que a cultura organizacional favoreça níveis de autonomia que permitam aos funcionários buscar soluções sem precisar de ajuda constante.
Entre as competências digitais buscadas atualmente, estão a capacidade de analisar, questionar e encontrar respostas.
Tornar isso uma realidade depende de fatores que passam pelo RH e pelas lideranças, uma vez que é preciso estabelecer um cenário em que líderes são mais inspiradores do que necessários.
Com base em tudo que abordamos até aqui, você já tem uma boa noção de como o RH se envolve com a questão das competências digitais. Entretanto, há mais a ser dito a esse respeito.
O papel do RH tem um ponto de partida anterior à definição de treinamentos ou das decisões acerca da educação corporativa.
É preciso que o setor investigue qual o nível de competências digitais atual do quadro de funcionários e o qual nível a empresa precisa alcançar.
Isso não é algo homogêneo e, como dissemos, é possível fazer análise com base nas necessidades de cada função ou equipe.
Em todo caso, ainda que investir no desenvolvimento seja importante, o RH precisa estabelecer o que é o mínimo para pensar nas competências desde o processo de recrutamento e seleção.
Você já deve saber o quão atenciosa precisa ser a definição da abertura de uma nova vaga, sua descrição e o que se segue a partir daí. Não é sem motivo que é aconselhável desenhar um perfil ideal de candidato.
As competências digitais esperadas para o cumprimento satisfatório de cada função devem ser consideradas para este desenho, assim como em uma entrevista por competências.
Pensando em quem já faz ou passa a fazer parte dos quadros da empresa, é sempre bom lembrar que a tecnologia evolui de maneira constante.
Assim, ainda que o RH estabeleça níveis mais altos de competências digitais para avaliar desde o recrutamento, é provável que os profissionais precisem seguir aprendendo.
Isso nos leva de volta aos treinamentos, à educação corporativa e à cultura do aprendizado; e a algo que ainda não foi dito. A mensuração dos resultados desses processos, assim como eventuais ajustes, é necessária.
O RH precisa, junto com as lideranças, estar atento ao que muda à medida que a tecnologia e a própria empresa evolui.
De um período para o outro, pode ser que um treinamento ou ação educativa precise ser atualizado.
A efetividade dos programas elaborados pelo RH ― ou contratados pela empresa ― também precisa ser medida para verificar e garantir o retorno sobre o investimento feito.
Na prática, nem tudo que compete ao RH depende (só) do RH. Todas essas decisões de realizar treinamentos e ter uma cultura que incentiva o aprendizado dependem sobretudo, da alta gestão da organização.
Isso tem a ver com a liberação do orçamento necessário e também com a autorização para mudanças que tendem a mexer com toda a dinâmica da empresa.
Lembra-se de que mencionamos que a autonomia do aprendizado demanda uma dependência menor das lideranças? A criação desse cenário requer o aval da alta gestão e o engajamento dos líderes dia após dia.
Para saber o que observar para o recrutamento e seleção e para o treinamento digital, bem como o que apresentar à alta gestão, seu RH precisa conhecer as competências mais importantes da atualidade.
Por isso, elencamos as principais competências digitais do mercado. Confira a seguir!
A pandemia da Covid-19 acelerou a transformação digital em 72% das empresas, segundo dados de pesquisa desenvolvida pela The Economist Intelligence Unit, a pedido da Microsoft.
Se mesmo antes da migração massiva e quase compulsória para o home office a segurança no ambiente digital já era importante para as organizações, agora isso se intensificou.
A expectativa é que, quanto mais adeptas ao uso de ferramentas digitais, mais as empresas compreendam que precisam se proteger neste ambiente. Porém, essa evolução é gradual e pode deixar uma empresa vulnerável a ataques.
Sendo assim, é crucial que profissionais conheçam regras básicas de cibersegurança para não atrair riscos para a organização inadvertidamente.
Um exemplo básico é o clique em links desconhecidos, enviados por e-mails falsos tão sofisticados que parecem verdadeiros; o famigerado phishing que pode ser um caminho para o roubo de dados sensíveis.
Não é de hoje que os especialistas de RH sabem que a capacidade de se comunicar é bem-vinda para os profissionais. Inclusive, esse costuma ser um ponto muito observado em processos seletivos.
Quando falamos de competências digitais, vamos além. Falamos na habilidade de se comunicar por diferentes meios, inclusive usando ferramentas digitais.
Ter essa competência significa:
Note que tudo isso pode ser aprendido por meio de orientações claras, de treinamentos e de um acompanhamento que vise a harmonia do ambiente de trabalho, seja na interação presencial ou virtual.
Importante! Essa competência é ainda mais fundamental para profissionais que ocupam ou têm a possibilidade de ocupar cargos de gestão e liderança de equipes.
O interesse em aprender, inclusive de forma autônoma e proativa, é uma competência digital interessante que se ancora nas oportunidades que a própria tecnologia apresenta.
Por meio de diferentes plataformas digitais, um profissional pode buscar contatos e conteúdos que o ajudem a adquirir novos conhecimentos.
Existem bons vídeos no YouTube que dão dicas de áreas específicas e outras gerais, como formas de melhorar a própria produtividade, por exemplo.
Em redes como o LinkedIn e o Instagram, é possível encontrar especialistas que compartilham conteúdo relevante e até que estão dispostos a uma conversa para trocar ideias e orientações.
Se interessar por e saber tirar proveito dessas oportunidades é um ponto a favor dos profissionais nesta era digital.
A capacidade de análise sempre foi bem-vinda, especialmente da parte de empresas que gostam de profissionais mais proativos e criativos na busca de soluções e oportunidades.
Acontece que, com a adoção crescente de tecnologias baseadas em Machine Learning e Inteligência Artificial (IA), a colega de dados se intensifica a cada dia. Você já deve ter ouvido falar em Big Data, não é mesmo?
É certo que a análise de dados não é necessária a todos os cargos e funções, mas sempre que útil, essa competência tem muito valor.
Vale para a capacidade de coletar dados com aplicação real para o negócio e para sua interpretação.
Encontrar bons líderes costuma ser um desafio que leva muitos RHs ao recrutamento ativo ou ao hunting em RH. Antes de fazer algo do tipo de agora em diante, lembre-se das competências digitais mais uma vez.
Um bom líder precisa ter boa noção das ferramentas e, sobretudo, da comunicação em ambiente virtual.
É seu papel facilitar o uso dessas ferramentas e assegurar que a dinâmica entre a equipe funcione bem também no digital.
Além do mais, o profissional em posição de liderança deve saber usar os recursos tecnológicos para gerenciar processos e projetos com eficiência.
A demanda por profissionais com competências digitais é uma evolução natural do mercado de trabalho face aos avanços tecnológicos que a sociedade acompanha dia após dia.
Em partes, é esperado que novos profissionais já partam em busca de suas primeiras oportunidades tendo algumas dessas habilidades suficientemente desenvolvidas. Entretanto, não há regra.
Sendo assim, uma empresa e seu RH devem avaliar as necessidades da organização para recrutar candidatos, e suas possibilidades, para definir ações de desenvolvimento das competências digitais.
Ambas as partes envolvidas ― trabalhadores e empregadores ― tendem a ganhar com esse esforço que, como vimos, depende de ambos também.
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