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ASecretaria de Política Econômica do Ministério da Economia (SPE/ME) divulgou na quinta-feira (30/9) a Nota Informativa — Retomada do emprego formal e informal com a melhora da atividade. Uma das principais conclusões é que o avanço da vacinação tem contribuído de forma clara para a sustentação da retomada econômica após a fase crítica de impactos gerados pela pandemia do novo coronavírus. Em consequência, essa recuperação dos níveis de atividade está gerando resultados positivos consistentes para o mercado de trabalho. O estudo da SPE considera dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em um ano, considerando o trimestre móvel encerrado em julho de 2021, houve avanço significativo: mais de sete milhões de pessoas conseguiram ocupação no período.
A tendência de melhora tem se fortalecido nas últimas divulgações da Pnad, destaca a SPE. “A redução das restrições de isolamento e de mobilidade se reflete na recuperação dos setores mais afetados, como foi o caso do setor de serviços”, menciona a Nota Informativa. Conforme aponta o IBGE, em julho de 2021 o volume de serviços no Brasil avançou 1,1% ante junho, na série com ajuste sazonal, acumulando ganho de 5,8% nos últimos quatro meses. Com isso, o setor de serviços ficou 3,9% acima de fevereiro de 2020 e alcançou seu patamar mais elevado desde março de 2016.
“Tanto países desenvolvidos como economias emergentes têm apresentado expansão da atividade econômica à medida que há progresso na vacinação”, menciona a Nota Informativa. O texto ressalta que a vacinação tem contribuído para que sejam flexibilizadas as medidas de isolamento e distanciamento social, o que consequentemente amplia a mobilidade e o aquecimento da economia, em especial o setor de serviços, o mais afetado pela pandemia.
No mercado formal também estão se acumulando resultados positivos, destaca a SPE, remetendo a dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Somente em agosto, o Brasil criou mais de 372 mil novos postos de trabalho com carteira assinada. No acumulado de janeiro a agosto de 2021, o saldo é de mais de 2,2 milhões de novas vagas formais, aponta o Novo Caged.
Resiliência
A Nota Informativa da SPE destaca que um importante diferencial na crise causada pela pandemia do novo coronavírus é a maior resiliência do emprego formal. “Enquanto na recessão de 2014-16, houve retração do emprego formal, em termos interanuais, por mais de três anos, na crise de 2020, a queda ocorreu por 15 meses”, cita o estudo. A Secretaria alerta que uma parte dessa diferenciação se deve à implementação do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego (BEm), que limitou a queda dos empregos com carteira assinada.
O aumento dos níveis de ocupação está ocorrendo, portanto, nos setores formal e informal da economia, destaca a SPE. Conforme indica a Nota Informativa, essa melhora no cenário do mercado de trabalho representa reflexo direto da recuperação da atividade. A Secretaria destaca que, considerando a Pnad Contínua, o desemprego caiu a 13,7% da força de trabalho no trimestre móvel terminado em julho de 2021, o que representa recuo de 1 ponto porcentual em relação ao trimestre móvel anterior.
Ou seja, o país conseguiu, de um trimestre para outro, reduzir em quase 700 mil o número de desocupados. Tal movimento ocorreu devido ao aumento da população ocupada, que cresceu 3,6% em relação ao trimestre móvel anterior e 8,6% em 12 meses. Com isso, são mais 7 milhões de pessoas ocupadas no período de um ano.
“Com o avanço da vacinação e a reabertura da economia, a atividade econômica tem sido retomada e o setor de serviços tem ganhado força. Com isso, a taxa de ocupação se recupera e aumenta a força de trabalho, com geração de emprego e renda”, destaca a Nota Informativa da SPE.
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